O que é IPO, OPA e Follow On

O que é uma  IPO 

IPO é a sigla em inglês para "Initial Public Offering", que significa Oferta Pública Inicial. É um processo pelo qual uma empresa que antes era de capital fechado decide abrir o seu capital e lançar ações na bolsa de valores, oferecendo a oportunidade de investimento em seus papéis para o público em geral.

Ao realizar um IPO, a empresa passa a ter mais visibilidade, maior acesso a recursos financeiros e pode usar os recursos captados para investir em novos projetos ou expandir suas operações. Por outro lado, a empresa também precisa atender a uma série de requisitos e regulamentações mais rigorosas, além de se submeter ao escrutínio público dos acionistas e do mercado.

Dois exemplos de IPOs recentes no Brasil são:

XP Inc.: Em dezembro de 2019, a XP Inc., uma das maiores corretoras de investimentos do país, realizou seu IPO na Nasdaq, nos Estados Unidos. A empresa levantou cerca de US$ 2,25 bilhões na oferta de ações, que foi a maior realizada por uma empresa brasileira nos últimos dez anos.

Petz: Em setembro de 2020, a Petz, rede de lojas de produtos para animais de estimação, realizou seu IPO na B3, em São Paulo. A empresa levantou R$ 3 bilhões na oferta de ações, sendo uma das maiores aberturas de capital da história da bolsa brasileira.

Uma Sociedade por Ações (S.A.) se subdivide em dois tipos: de capital aberto e de capital fechado. A principal característica da de capital fechado é ter poucos sócios:

Uma Sociedade por Ações (S.A.) é uma empresa que se divide em dois tipos: de capital aberto e de capital fechado. A principal característica da S.A. de capital fechado é ter poucos sócios, que são geralmente familiares, amigos ou investidores selecionados. Esses sócios são os únicos que podem comprar ou vender ações da empresa, o que limita o acesso do público em geral aos investimentos na empresa. Já a S.A. de capital aberto permite a participação de qualquer pessoa interessada em comprar suas ações, sendo obrigada a realizar a divulgação de informações financeiras e a se submeter a uma série de regulamentações específicas do mercado de capitais.

A abertura do capital de uma empresa pode ser realizada a qualquer momento de sua existência, captando recursos do público por meio de:

A abertura do capital de uma empresa pode ser realizada a qualquer momento de sua existência, e consiste em colocar suas ações à venda no mercado de capitais, permitindo que investidores possam adquirir esses títulos e, dessa forma, tornarem-se sócios da empresa. A captação de recursos do público por meio da abertura do capital é feita por meio de:

Oferta pública inicial de ações (IPO): é quando a empresa emite ações pela primeira vez, oferecendo-as ao público em geral por meio de uma oferta pública.

Follow-on: é uma oferta de ações realizada por empresas que já possuem ações negociadas na bolsa de valores, e que precisam captar mais recursos financeiros.

Em ambos os casos, a empresa precisa cumprir uma série de exigências e regulamentações impostas pelos órgãos reguladores do mercado de capitais, como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no Brasil, para garantir a transparência e a segurança dos investimentos dos acionistas.

Exemplos de Follow-on

O Follow-on é uma oferta de ações realizada por empresas que já possuem ações negociadas na bolsa de valores e precisam captar mais recursos financeiros. Abaixo, seguem alguns exemplos de Follow-ons realizados no mercado brasileiro:

Petrobras: Em fevereiro de 2021, a Petrobras realizou uma oferta de ações Follow-on, com o objetivo de captar R$ 22 bilhões para reduzir sua dívida e investir em novos projetos.

B3: Em dezembro de 2020, a B3, a bolsa de valores brasileira, realizou uma oferta de ações Follow-on, com o objetivo de captar R$ 3 bilhões para financiar sua expansão e investir em novas tecnologias.

Vale: Em julho de 2019, a Vale realizou uma oferta de ações Follow-on, com o objetivo de captar US$ 2 bilhões para financiar projetos em andamento e expandir suas operações.

Magazine Luiza: Em agosto de 2020, a Magazine Luiza realizou uma oferta de ações Follow-on, com o objetivo de captar R$ 4,2 bilhões para financiar sua estratégia de expansão e investir em tecnologia.

Esses são apenas alguns exemplos de Follow-ons realizados no mercado brasileiro, existem muitas outras empresas que realizaram esse tipo de oferta para captar recursos no mercado de capitais.

OPA - Oferta Pública de Aquisições de Ações - exemplos

A Oferta Pública de Aquisições de Ações (OPA) é uma oferta feita por uma empresa para comprar as ações de uma outra empresa, geralmente com o objetivo de adquirir o controle acionário dessa empresa. Abaixo, seguem alguns exemplos de OPA realizadas no mercado brasileiro:

Itaú Unibanco e XP Investimentos: Em dezembro de 2020, o Itaú Unibanco anunciou uma OPA para adquirir a totalidade das ações da XP Investimentos que ainda não possuía. A transação envolveu cerca de R$ 6,3 bilhões e permitiu ao Itaú Unibanco ampliar sua participação no mercado de investimentos.

Bradesco e HSBC: Em 2016, o Banco Bradesco anunciou uma OPA para adquirir a totalidade das ações do HSBC Brasil, com o objetivo de aumentar sua presença no mercado bancário brasileiro. A transação envolveu cerca de R$ 16 bilhões e tornou o Bradesco o segundo maior banco privado do país.

Eletropaulo e Enel: Em 2018, a Enel Brasil, subsidiária da italiana Enel, anunciou uma OPA para adquirir a totalidade das ações da Eletropaulo, empresa distribuidora de energia elétrica em São Paulo. A transação envolveu cerca de R$ 5,5 bilhões e permitiu à Enel ampliar sua presença no mercado brasileiro de energia elétrica.

Fibria e Suzano: Em 2018, a Suzano Papel e Celulose anunciou uma OPA para adquirir a totalidade das ações da Fibria, empresa brasileira produtora de celulose. A transação envolveu cerca de R$ 36 bilhões e resultou na criação da maior empresa de celulose do mundo.

Esses são apenas alguns exemplos de OPA realizadas no mercado brasileiro nos últimos anos. As OPA são transações complexas que envolvem uma série de etapas e processos, incluindo a avaliação das empresas envolvidas, negociações com acionistas e autorizações regulatórias.