Saiba o que é Espiral do Conhecimento


A Espiral do Conhecimento é um conceito criado pelo pesquisador e consultor austríaco de gestão Karl-Erik Sveiby


Karl-Erik Sveiby descreveu a forma como o conhecimento é criado, compartilhado e utilizado pelas pessoas e organizações.


Segundo a Espiral do Conhecimento, o processo começa com a experiência individual de uma pessoa ou grupo, que é transformada em conhecimento tácito, ou seja, conhecimento não articulado ou formalizado. Esse conhecimento é então compartilhado com outros indivíduos ou grupos por meio de conversas, reuniões e outras formas de interação social, e é transformado em conhecimento explícito, ou seja, conhecimento formalizado e documentado.


O conhecimento explícito é então armazenado e disponibilizado para outras pessoas e grupos dentro da organização ou além dela. Esse conhecimento é utilizado para aprimorar os processos e produtos da organização, o que leva a novas experiências e aprendizados, e o ciclo começa novamente. Esse processo de transformação contínua do conhecimento é a espiral do conhecimento.


A Espiral do Conhecimento é uma forma de entender como o conhecimento é criado, compartilhado e utilizado em organizações, e como pode ser gerenciado para melhorar a eficiência, a inovação e a competitividade.


Exemplo de espiral do conhecimento

Um exemplo da Espiral do Conhecimento pode ser observado em uma empresa que trabalha com desenvolvimento de software.


Primeiro, os desenvolvedores individuais experimentam com diferentes abordagens e ferramentas de programação para resolver um determinado problema. Eles aplicam sua experiência e conhecimento tácito para encontrar soluções eficazes.


Em seguida, eles compartilham suas ideias e aprendizados em reuniões e conversas com outros desenvolvedores na empresa. Nesses encontros, o conhecimento tácito é transformado em conhecimento explícito, com a documentação de técnicas, soluções e boas práticas.


O conhecimento explícito é armazenado em um banco de dados interno da empresa, disponível para consulta de todos os desenvolvedores. Dessa forma, novos desenvolvedores que enfrentam problemas semelhantes podem acessar o conhecimento já documentado e utilizá-lo para encontrar soluções mais rapidamente.


O conhecimento também pode ser compartilhado externamente, em eventos e conferências da indústria, ou em fóruns online onde a empresa pode interagir com outras empresas do setor. Ao compartilhar conhecimento e aprendizado com outras empresas, a empresa pode adquirir novas ideias e abordagens que podem ser incorporadas à sua própria prática de desenvolvimento.


A utilização do conhecimento explícito e tácito, compartilhado e aplicado em novas experiências e aprendizados, é um exemplo da Espiral do Conhecimento em ação.



Espiral do conhecimento tem três fases:externalização, internalização e combinação

A Espiral do Conhecimento tem três processos-chave para a criação, compartilhamento e utilização do conhecimento: externalização, internalização e combinação.

A externalização é o processo de converter conhecimento tácito em conhecimento explícito. Isso pode ser feito através de conversas, discussões e reflexões, ou pela criação de documentos, relatórios e outros materiais que formalizam o conhecimento.

A internalização é o processo de transformar conhecimento explícito em conhecimento tácito. Isso pode ser feito por meio da prática, da experimentação e da aplicação do conhecimento em situações reais. A internalização é importante para a incorporação do conhecimento no comportamento e nas ações das pessoas.

A combinação é o processo de reunir e conectar diferentes tipos de conhecimento, sejam eles tácitos ou explícitos. Isso pode levar a novas descobertas e insights, bem como a soluções inovadoras para problemas complexos. A combinação é frequentemente facilitada pela tecnologia de informação e comunicação, que permite a coleta, a análise e a comparação de grandes quantidades de dados.

Os três processos - externalização, internalização e combinação - são interdependentes e ocorrem em diferentes níveis dentro das organizações. O uso adequado desses processos pode ajudar as organizações a desenvolver e aperfeiçoar o seu conhecimento e, portanto, melhorar sua capacidade de inovar e competir no mercado.

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