Voz passiva e voz ativa - Entenda quando o sujeito sofre a ação e quando ele pratica a ação


 

" A construção do arquiteto é linda" - A expressão tem valor ativo. Explique o porquê

A expressão "A construção do arquiteto é linda" tem valor ativo porque sugere que a beleza da construção é resultado da habilidade e criatividade do arquiteto que a projetou. Nesse sentido, a expressão atribui ao arquiteto um papel ativo na criação da beleza da construção, reconhecendo seu talento e sua capacidade de criar algo bonito e esteticamente agradável.

Pergunta-se: quem tem papel ativo na frase? Se puder encontrar, então o substantivo tem locução adjetiva. 

Por outro lado, se a expressão fosse "A construção é linda", sem mencionar o arquiteto, ela teria um valor mais neutro, não atribuindo a beleza da construção a uma ação específica ou a um agente responsável por ela.

Portanto, a presença da expressão "do arquiteto" confere um valor ativo à frase, destacando a importância da figura do arquiteto na criação de uma obra de arquitetura.

Onde está o adjunto adnominal na frase "A construção do arquiteto é linda"?

O adjunto adnominal está em "do arquiteto". Ele acompanha e especifica o substantivo "construção", indicando de quem é a construção que está sendo mencionada e, portanto, desempenhando uma função de caracterização ou delimitação do sentido do substantivo.

O adjunto adnominal é uma classe de palavras ou expressões que pode ser formada por artigos, pronomes, numerais, adjetivos ou locuções adjetivas, e que sempre tem a função de modificar ou determinar um substantivo. Nesse caso, "do arquiteto" é uma locução preposicional formada pela preposição "de" e pelo substantivo "arquiteto", que desempenha a função de adjunto adnominal especificando a construção.

"A construção da casa foi demorada" - Expressão com valor passivo - complemento nominal 

A expressão "A construção da casa foi demorada" está na voz passiva, pois o sujeito, que é "a construção da casa" é o alvo da ação de ter sido demorada, no lugar do sujeito ser o agente da ação, ele é alvo. Nesse caso, o verbo "foi" indica a ação que foi realizada sobre o sujeito.

Quanto à segunda parte da frase, "demorada" é um adjetivo que se relaciona com o sujeito "A construção da casa", mas não é um complemento nominal. O complemento nominal é um termo que completa o sentido de um nome (substantivo, adjetivo substantivado, pronome substantivado, etc.) e é introduzido por uma preposição. Exemplos de complemento nominal na frase poderiam ser: "A demora na construção da casa foi preocupante" ou "Os custos da construção da casa foram altos". Nestes casos, "na construção da casa" e "da construção da casa" são complementos nominais, respectivamente.

O que é voz passiva? 5 exemplos

A voz passiva é uma das duas vozes verbais existentes em português, juntamente com a voz ativa. Na voz passiva, o sujeito da frase é o objeto da ação verbal, ou seja, o agente da ação é colocado em segundo plano e, por vezes, nem aparece na frase.

A voz passiva é formada pelo verbo ser ou estar seguido do particípio passado do verbo principal, concordando com o sujeito da oração. O agente da ação (quando houver) é introduzido pela preposição "por".

Segue abaixo cinco exemplos de frases na voz passiva:

A casa foi construída pelo arquiteto.

O texto foi escrito por mim.

As rosas foram colhidas pelo jardineiro.

O quadro foi pintado por Leonardo da Vinci.

A carta foi enviada por correio expresso.

Em todas essas frases, o sujeito é a casa, o texto, as rosas, o quadro e a carta, respectivamente, e são ALVOS da ação verbal de serem construídos, escritos, colhidos, pintados e enviados. Os agentes das ações são o arquiteto, eu, o jardineiro, Leonardo da Vinci e o correio expresso, respectivamente, e são introduzidos pela preposição "por".

Obs: pode-se concluir que na voz passiva há uma verbo, e esse verbo  indica uma ação, ou seja, o sujeito sofre uma ação, e não a pratica. 

Os cinco exemplos acima, ficaria assim na voz ativa:

O arquiteto construiu a casa.

Eu escrevi o texto.

O jardineiro colheu as rosas.

Leonardo da Vinci pintou o quadro.

O remetente enviou a carta por correio expresso.

Na voz ativa, o sujeito é o agente da ação verbal, ou seja, é ele quem pratica a ação expressa pelo verbo. Nos exemplos acima, o arquiteto, eu, o jardineiro, Leonardo da Vinci e o remetente são os sujeitos das respectivas ações verbais, ou seja, são eles que construíram, escreveram, colheram, pintaram e enviaram, respectivamente.

Obs: observe que na voz ativa some o verbo que indica a prática da ação sobre o sujeito, então uma forma de identificar que não há locução adjetiva é que é um pronome nominal ou qualquer outra coisa é o verbo de ligação que indica a prática da ação sobre o sujeito, nos casos acima o verbo é indicado por "FOI ou FORAM"


Como eu posso entender da forma mais facil possivel a voz passiva:?

A voz passiva é uma maneira de expressar uma ação na qual o sujeito da frase não realiza a ação, mas a recebe, ou seja, o sujeito é o objeto da ação. Em outras palavras, na voz passiva, o que é importante é o que acontece com o sujeito, e não quem realizou a ação.

Por exemplo, na frase "A casa foi construída pelo arquiteto", a ênfase está na casa que foi construída, e não no arquiteto que a construiu. Na voz passiva, o verbo é conjugado no tempo composto, usando o verbo "ser" ou "estar" seguido do particípio passado do verbo principal.

A voz passiva pode ser formada com ou sem a presença do agente (aquele que realiza a ação) na frase. Quando o agente é mencionado, ele é introduzido pela preposição "por". Exemplo: "A casa foi construída pelo arquiteto". Quando o agente não é mencionado, a voz passiva é chamada de voz passiva sintética. Exemplo: "A casa foi construída".

Em resumo, a voz passiva é uma maneira de enfatizar o objeto ou o resultado da ação em vez de quem a realiza.

Cinco exemplos no qual o sujeito da frase não realiza a ação, mas a recebe

O carro foi lavado pelo meu irmão.

O bolo foi feito pela minha mãe.

O trabalho foi entregue pelo meu colega de classe.

O livro foi lido por muitas pessoas.

A janela foi quebrada pelo vento.

Nesses exemplos, o sujeito (carro, bolo, trabalho, livro e janela) não realiza a ação verbal, mas a recebe. A ação é realizada pelo irmão, mãe, colega de classe, muitas pessoas e vento, respectivamente. Na voz passiva, a ênfase está no objeto da ação (carro, bolo, trabalho, livro, janela) e não no agente que realiza a ação (irmão, mãe, colega de classe, muitas pessoas, vento).

Veja como ficariam esses exemplos na voz ativa:

Meu irmão lavou o carro.

Minha mãe fez o bolo.

Meu colega de classe entregou o trabalho.

Muitas pessoas leram o livro.

O vento quebrou a janela.

Nesses exemplos, o sujeito (meu irmão, minha mãe, meu colega de classe, muitas pessoas, o vento) é o agente da ação expressa pelo verbo (lavar, fazer, entregar, ler, quebrar). Na voz ativa, o sujeito é quem realiza a ação verbal, e não quem a recebe. O foco está no sujeito, que é quem executa a ação, e não no objeto da ação, que é quem a recebe.

Cinco exemplos no qual o sujeito da frase realiza a ação, e não a recebe

Segue abaixo cinco exemplos de frases na voz ativa, em que o sujeito da frase realiza a ação, e não a recebe:

Eu lavei o carro.

O chef preparou o prato.

A empresa lançou um novo produto.

O médico realizou a cirurgia.

O professor ensinou a matéria.

Nesses exemplos, o sujeito (eu, chef, empresa, médico, professor) realiza a ação expressa pelo verbo (lavar, preparar, lançar, realizar, ensinar). Na voz ativa, o sujeito é o agente da ação verbal, ou seja, é ele quem pratica a ação. O foco está no sujeito, que é quem executa a ação, e não no objeto da ação, que é quem a recebe.

10 exemplos de orações que podem parecer que tem locuções adjetivas, mas na verdade tem é complemento nominal

O amor pelo conhecimento é fundamental. ("pelo conhecimento" é complemento nominal, não locução adjetiva)

A confiança na vitória é essencial. ("na vitória" é complemento nominal, não locução adjetiva)

A insistência na verdade é admirável. ("na verdade" é complemento nominal, não locução adjetiva)

A falta de água na região é preocupante. ("de água" é complemento nominal, não locução adjetiva)

O respeito às regras é obrigatório. ("às regras" é complemento nominal, não locução adjetiva)

A dedicação aos estudos é imprescindível. ("aos estudos" é complemento nominal, não locução adjetiva)

A necessidade de mudança é evidente. ("de mudança" é complemento nominal, não locução adjetiva)

A dependência dos pais é natural. ("dos pais" é complemento nominal, não locução adjetiva)

O interesse pelo esporte é crescente. ("pelo esporte" é complemento nominal, não locução adjetiva)

A consciência da importância do meio ambiente é urgente. ("da importância do meio ambiente" é complemento nominal, não locução adjetiva)

Em todos esses exemplos, o termo que parece ser uma locução adjetiva (como "pelo conhecimento", "na verdade", "aos estudos", etc.) na verdade complementa o sentido do substantivo da frase (amor, confiança, dedicação, etc.), sendo, portanto, um complemento nominal.

Quais são as dicas para eu não confundi locução adjetiva com complemento nominal?

De fato, a diferença entre locução adjetiva e complemento nominal pode ser um pouco confusa. Aqui vão algumas dicas para ajudar a diferenciá-las:

Analise a função sintática do termo na frase: O primeiro passo é identificar a função sintática do termo que você está analisando. Se ele complementa diretamente um substantivo (sem ser uma característica ou qualidade), é provavelmente um complemento nominal. Se ele funciona como um adjetivo e modifica o substantivo diretamente, então é uma locução adjetiva.

Verifique se o termo pode ser substituído por um pronome: Se o termo pode ser substituído por um pronome, é mais provável que seja um complemento nominal. Por exemplo, em "amor pela música", "pela música" pode ser substituído por "por ela", indicando que "pela música" é um complemento nominal.

Observe se o termo pode ser transformado em adjetivo: Se o termo pode ser transformado em adjetivo sem alterar significativamente o sentido da frase, é mais provável que seja uma locução adjetiva. Por exemplo, em "paixão por viagens", "por viagens" pode ser transformado em "viajante" sem mudar o sentido da frase, indicando que "por viagens" é uma locução adjetiva.

Verifique se o termo pode ser substituído por um adjetivo: Se o termo pode ser substituído por um adjetivo sem alterar significativamente o sentido da frase, é mais provável que seja uma locução adjetiva. Por exemplo, em "jogo de futebol emocionante", "emocionante" pode ser substituído por "animado" sem mudar o sentido da frase, indicando que "emocionante" é uma locução adjetiva.

Observe a concordância: Se o termo é um adjetivo, ele deve concordar em gênero e número com o substantivo que modifica. Se ele é um complemento nominal, não há concordância.


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