O que é taxa aparente
Taxa aparente é um conceito utilizado na área de finanças e contabilidade para se referir a uma taxa de juros que aparenta ser uma taxa anual, mas que na verdade é cobrada com uma periodicidade diferente, como mensal, semestral ou trimestral.
Por exemplo, se uma taxa de juros é anunciada como 12% ao ano, mas é cobrada mensalmente, a taxa aparente será maior do que 12%, já que haverá cobrança de juros sobre juros a cada mês.
Portanto, a taxa aparente é importante para que se possa comparar diferentes investimentos e empréstimos de forma mais precisa, levando em conta não apenas a taxa anunciada, mas também a periodicidade da cobrança dos juros.
100 reais por mês com taxa aparente de 12%
Se uma taxa aparente de 12% ao ano é cobrada mensalmente, temos que calcular qual é a taxa mensal equivalente. Para isso, podemos utilizar a seguinte fórmula:
Taxa mensal = (1 + Taxa anual)^(1/12) - 1
Substituindo pelos valores dados, temos:
Taxa mensal = (1 + 0,12)^(1/12) - 1
Taxa mensal = 0,0094 ou 0,94%
Isso significa que a cada mês, a taxa de juros é de 0,94%. Se o valor investido é de 100 reais por mês, o valor acumulado após um ano, com juros compostos, será de:
Valor acumulado = 100 * [(1 + 0,0094)^12 - 1] / 0,0094
Valor acumulado = 1.276,90 reais
Portanto, investindo 100 reais por mês com uma taxa aparente de 12% ao ano, é possível acumular um total de 1.276,90 reais após um ano.
O que é taxa real?
Taxa real é a taxa de juros ajustada pela inflação, ou seja, é a taxa de juros que realmente afeta o poder de compra do dinheiro.
Ao contrário da taxa nominal, que é a taxa de juros sem considerar a inflação, a taxa real leva em conta a variação do índice de preços, de forma a mostrar o impacto da inflação sobre o rendimento do investimento ou o custo do empréstimo.
Por exemplo, se um investimento oferece uma taxa de juros nominal de 10% ao ano e a inflação no mesmo período é de 5%, a taxa real desse investimento será de 4,76% (calculada pela fórmula: (1 + 0,10)/(1 + 0,05) - 1).
A taxa real é importante para avaliar a rentabilidade real de um investimento e compará-la com outras alternativas, levando em conta o impacto da inflação sobre o poder de compra do dinheiro.
Dois exemplos de cálculo da taxa real
Exemplo 1 - Investimento em renda fixa:
Suponha que você tem um investimento em renda fixa que oferece uma taxa de juros nominal de 12% ao ano e que a inflação acumulada no mesmo período foi de 5%. Para calcular a taxa real desse investimento, basta utilizar a seguinte fórmula:
Taxa real = [(1 + Taxa nominal)/(1 + Inflação)] - 1
Taxa real = [(1 + 0,12)/(1 + 0,05)] - 1
Taxa real = 0,066 ou 6,6%
Isso significa que a taxa real de juros desse investimento é de 6,6%, levando em conta o efeito da inflação sobre o poder de compra do dinheiro.
Exemplo 2 - Empréstimo com juros prefixados:
Suponha que você contraiu um empréstimo com juros prefixados de 8% ao ano e que a inflação acumulada no mesmo período foi de 3%. Para calcular a taxa real de juros desse empréstimo, basta utilizar a seguinte fórmula:
Taxa real = [(1 + Taxa nominal)/(1 + Inflação)] - 1
Taxa real = [(1 + 0,08)/(1 + 0,03)] - 1
Taxa real = 0,048 ou 4,8%
Isso significa que a taxa real de juros desse empréstimo é de 4,8%, ou seja, o custo efetivo do empréstimo é menor do que a taxa nominal devido ao efeito da inflação sobre o poder de compra do dinheiro.
O que é taxa nominal?
Taxa nominal é a taxa de juros estabelecida em um contrato financeiro, sem levar em consideração o efeito da inflação sobre o valor do dinheiro. É a taxa de juros declarada no contrato ou anunciada publicamente, sem qualquer desconto ou ajuste para a inflação.
Por exemplo, se um banco oferece uma taxa de juros nominal de 10% ao ano em um investimento ou empréstimo, essa é a taxa que será aplicada sem descontar a inflação. Assim, se a inflação no período for de 5%, o investimento ou empréstimo terá uma taxa real de juros de 5%, que é a diferença entre a taxa nominal e a inflação.
É importante destacar que a taxa nominal é diferente da taxa real, que é a taxa de juros ajustada pela inflação. Para avaliar a rentabilidade ou o custo efetivo de um investimento ou empréstimo, é necessário levar em conta a taxa real, que mostra o impacto da inflação sobre o poder de compra do dinheiro.
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